terça-feira, 19 de abril de 2016

O QUE PODEMOS FAZER NA SUA ESCOLA?

Estamos com um projeto itinerante de rodas de conversas nas escolas sobre como lidar com a diversidade étnico-racial.


Tem interesse??

Veja como estamos estruturando as visitas:

A oficina extra-muro contempla a amplitude do tema alargando as margens sociais, culturais, políticas, estéticas e geográficas em torno dos cabelos afros e seu debate. Esse alargamento se faz por meio de dinâmicas com comunidades escolares periféricas, preferencialmente com o público adolescente, onde o peso dos padrões impostos recaem com maior ênfase. O principal objetivo é dialogar para além da Universidade de Brasília e buscar elementos para a construção do processo de construção do plano expositivo. Por isso, as dinâmicas serão realizadas pelo menos um mês antes da abertura da exposição.
  • Detalhamento da dinâmica “Reconhecendo Multiplicidades”:
  • Público alvo: adolescentes do ensino médio de escolas públicas do DF negros e não-negros.
  • Duração: 50 minutos
  • Objetivos: fundamentando-se nas premissas de que práticas educativas que se pretendem iguais para todos acabam sendo as mais discriminatórias incorrendo, na maioria das vezes no erro da homogeneização em detrimento do reconhecimento das diferençaselaboramos uma dinâmica onde o principal objetivo é reconhecer as diferenças para então propor um discurso sobre ações que fortaleçam identidades étnicas e, consequentemente, combatêm o racismo e as discriminações.
  • Metodologia - Será pedido aos adolescentes que se apresentem. Em seguida que junto ao nome, exponham a raça à qual julgam pertencer e qual a textura do seu cabelo. Em seguida, será proposto que cada um fale acerca das sua impressões sobre diversos tipos de cabelos, as dificuldades de aceitação e as relações pessoais estabelecidas com o próprio cabelo. A dinâmica será guiada de tal maneira que as diversidades saiam fortalecidas. Por fim, cada um receberá um Zine com desenhos e textos que reforcem a mensagem do fortalecimento de direitos.
Toda a dinâmica será registrada em vídeo e por fim, será solicitados que os alunos avaliem nossa ação.
Material necessário - câmera de celular, zines impressos.
EM QUE CONSISTE NOSSO PROJETO?

AQUI VOCÊ PODE TER ACESSO AO NOSSO PROJETO COMPLETO!! FIQUE A VONTADE PARA COPIAR E DISSEMINAR, ESSE É NOSSO OBJETIVO!!


PROJETO DE EXECUÇÃO DA COORDENAÇÃO DO NÚCLEO EDUCATIVO

1- Público Alvo
  • Público espontâneo negros e não-negros;
  • Alunos e servidores da Universidade de Brasília;
  • Alunos de escolas públicas do DF

2-    Apresentação

Esse tópico prevê as ações educativas da exposição Capilaridades elaborada e executada pelos alunos da disciplina Museologia e Comunicação 4.

3-    Objetivos

  • Elaborar interferências que fujam do caráter meramente informativo, mas construir juntamente com o público possibilidades de questionamentos numa  perspectiva libertária de direitos humanos ao mesmo tempo que se estabelece relação com o espaço criativo  e simbólico da arte.
  • Registrar os resultados positivos e negativos dos processo a fim de entender as possibilidades de aprimoramento
  • Ampliar o público com açõpe extra-muros

4-    Metas

  • Alcançar um público de aproximadamente 50/dia;

5-    Justificativa
             
          A temática abordada nessa exposição, quando analisada pelo viés educativo,  pode ser relacionada à lei 10.639/3 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino púbica e privada a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira”, pois o Cabelo e suas variedades de penteados e adereços representam símbolo indiscutível da cultura Afro-Brasileira.
  Acreditando ser o museu, os espaços culturais e as galerias de arte espaços de educação não formal, e  acreditando na relevância  social e política do tema, o projeto pedagógico elaborado para essa exposição pretende elaborar estratégias através de mediação, oficinas, mostras  de filmes e rodas de conversa para ampliar o diálogo da presente mostra acerca dos Cabelos Afros e seus desdobraemtnos. Esse diálogo  deve lançar mão de toda e qualquer metodologia que possa aprimora-lo , seja ela advinda de teorias pedagógicas, de legislações, de práticas militantes ou de métodos próprios à museologia.
      Entendemos que nossas ações não  devem desconsiderar o caráter multidisciplinar do tema e, consequentemente, deve buscar parcerias com grupos que ajudem a construir um discurso coeso e possível ante nosso público alvo.
       O educativo acredita que a presença dos mediadores no espaço expositivo representa uma  ferramenta a mais para transformar a visita em um desdobramento de problemáticas  levantadas pelo tema. Contudo, é necessário que ele atue como uma figura que vai além da postura meramente “informativa”. Como nos diz Francisco Régis Lopes Ramos, em seu livro A danação do Objeto (RAMOS, 2004)

[...] o comum é o monitor ser sinônimo de informador: fornece dados ou explicações aos estudantes ou ao público em geral. Uma das formas de se fugir desse método é assumir a prática de também fazer perguntas com o intuito de despertar, no visitante, reflexões sobre o que está sedo visto – abertura para o diálogo criativo pois depende das peculiaridades de cada um que vai ao museu.
          Assim sendo, a proposta de formação não é somente ‘conteudista’, mas também inclui formas de abordagem para a diversidade de públicos.

6-    Recursos a serem utilizados
a)   Recursos materiais
um projetor, um computador, trinta cadeiras, caixa de som amplificada, cabos de áudio, microfone, extenção elétrica, material de expediente, tecidos, serviços gáficos.
b)   Recursos humanos
mediadores voluntários, equipe de coordenação do programa educativo, oficineira para oficina de turbante, artistas voluntários.
c)   Recursos financeiros


7 – Apresentação da proposta de oferta de serviços do educativo:
a) Atividades de avaliação
  • Autoavaliar as atividades desenvolvidas pelo educativo pautando-se na compatibilidade ou não entre os resultados alcançados e os objetivos pretendidos;
  • Avaliar a eficácia dos meios escolhidos na metodologia como preferencias para mediar o diálogo com o público.
b) Serviços educativos


  • Capacitar mediadores;
  • Confeccionar  material didático;
  • Realizar oficina de turbante;
  • Realizar ações extra-muros;
  • Realizar mesa redonda;

c) Atividades culturais
  • Realizar Mostra de Filmes
  • Organizar apresentações musicais de abertura
d) Ações de sustentabilidade e comunicação
  • Realizar ações que viabilizem a sustentabilidade;
  • Criar meios de comunicação com instituições educativas para agendamento de visitas.
8 – Metodologia
8.1 Atividades de avaliação
As atividades de avaliação serão realizadas conforme as seguintes técnicas:
  • Autoavaliação por meio de observação entre os objetivos propostos e os objetivos alcançados;
  • Aplicação de questionários com caráter quantitativo e qualitativo para os seguintes grupos acerca dos seguintes pontos:
Avaliação do público espontâneo e agendado acerca da exposição;
Avaliação do público acerca das oficinas;
Avaliação do público acerca dos mediadores.
  • Livro de comentários
  • Reunião com equipe

8.2  Serviços educativos
a) Capacitar mediadores
Tendo em vista o caráter pedagógico da exposição, tanto para os alunos da Museologia quanto para o público em geral, serão oferecidas visitas mediadas que atendam tanto ao público espontâneo quanto o público agendado.
Os mediadores serão alunos da Discipliana Museologia e Comunicação 1 e de Museologia e comunicação 4.
O treinamento será oferecido em três encontros presenciais temáticos com diração de uma hora conforme discriminado abaixo.
  • Primeiro encontro:  de caráter metodológico, abrangendo estratégias de mediação, ação educativa e arte educação. Esse encontro será de responsabilidade da equipe do educativo;
  • Segundo encontro: este será relativo aos temas da exposição de acordo com o projeto expográfico, material didático, textos curatoriais e temas transversais. Esse encontro conta com o grupo responsável pela expografia e curadoria;
  • O terceiro: encontro trabalhará percursos pedagógicos na exposição e definirá oficinas educativas que contemplem nosso público-alvo. Esse encontro será de responsabilidade da equipe do educativo.
  • Os mediadores serão ainda preparados para atender o público especial e realizarão oficina inclusiva.


Detalhamento da dinâmica inclusiva executada pelos mediadores:
  • Público alvo: público espontâneo e público agendado
  • Duração: 20 min
  • Objetivos: apresentar a cultura por meio de objetos relacionados à temática da exposição, promover o diálogo através do reconhecimento de objetos que remetam à memoria e à cultura.
  • Metodologia: alguns objetos simbólicos da cultura afro e relacionados aos cabelos afros serão dispostos sobre uma mesa e, cada pessoa deve escolher um para si. Caso ela não possa escolher por alguma dificuldade, o mediador deverá auxiliá-la. A partir dos objetos e das impressões causadas após o percurso expositivo, cada participante será encorajado a falar o que aquele objeto significa dentro das suas vivências e memórias. A partir desse diálogo entende-se que é possível promover deslocamento de olhares e sensações de tal maneira que o tema perpasse o pessoal, o sensível, o político e o social.
  • Material necessário: mesa, objetos diversos


b) Confeccionar  material didático
O material didático será confeccionado em dois tipos:
  • Zine - o zine é um meio de comunicação independente que surgiu na década de 1960 feitos normalmente à mão, de maneira artesanal e fotocopiados para distribuição. Atualmente, na era digital, são usados como suporte artístico e criam uma rede de pessoas interessadas em assuntos específicos. Esse meio de comunicação foi escolhido pela representatividade entre jovens e entre os movimentos de militância, além de ser barato, sustentável e trazer uma forte carga criativa que fortalece a representatividade da cultura negra através de desenhos e poesias.
  • Jogo de tabuleiro Pente - jogo de percurso com dados, cartas e tabuleiro. Nesse jogo o percurso é linear e  acompanha as principais conquistas do movimento negro no Brasil. Vence o jogador que conquistar mais pentes na partida. A ideia é associar as conquistas do Movimento Negro à liberdade de construir uma identidade pessoal e visual libertária.

c) Realizar oficina de turbantes e penteados
A oficina de Turbantes  e penteados ocorrerá em horário e data pré designada e será ministrada pela profissional Kamilla Jacoub .

  • Público alvo: todos os públicos
  • Duração: 01:00h
  • Frequência: uma única oficina
  • Objetivos: afirmar a beleza do cabelo Afro, frizar cuidados com o cabelo e suas particularidades, desenvolver mostra de penteados junto ao público.
  • Metodologia: designada pela própria profissional.
  • Material necessário: turbantes, pentes, adornos, cremes, grampos, prendedor de cabelo, borrifador e o que for solicitado pela oficineira.
d) Realizar ações extra-muros
A oficina extra-muro contempla a amplitude do tema alargando as margens sociais, culturais, políticas, estéticas e geográficas em torno dos cabelos afros e seu debate. Esse alargamento se faz por meio de dinâmicas com comunidades escolares periféricas, preferencialmente com o público adolescente, onde o peso dos padrões impostos recaem com maior ênfase. O principal objetivo é dialogar para além da Universidade de Brasília e buscar elementos para a construção do processo de construção do plano expositivo. Por isso, as dinâmicas serão realizadas pelo menos um mês antes da abertura da exposição.
  • Detalhamento da dinâmica “Reconhecendo Multiplicidades”:
  • Público alvo: adolescentes do ensino médio de escolas públicas do DF negros e não-negros.
  • Duração: 50 minutos
  • Objetivos: fundamentando-se nas premissas de que práticas educativas que se pretendem iguais para todos acabam sendo as mais discriminatórias incorrendo, na maioria das vezes no erro da homogeneização em detrimento do reconhecimento das diferençaselaboramos uma dinâmica onde o principal objetivo é reconhecer as diferenças para então propor um discurso sobre ações que fortaleçam identidades étnicas e, consequentemente, combatêm o racismo e as discriminações.
  • Metodologia - Será pedido aos adolescentes que se apresentem. Em seguida que junto ao nome, exponham a raça à qual julgam pertencer e qual a textura do seu cabelo. Em seguida, será proposto que cada um fale acerca das sua impressões sobre diversos tipos de cabelos, as dificuldades de aceitação e as relações pessoais estabelecidas com o próprio cabelo. A dinâmica será guiada de tal maneira que as diversidades saiam fortalecidas. Por fim, cada um receberá um Zine com desenhos e textos que reforcem a mensagem do fortalecimento de direitos.
Toda a dinâmica será registrada em vídeo e por fim, será solicitados que os alunos avaliem nossa ação.
  • Material necessário - câmera de celular, zines impressos.

e) Realizar mesa redonda
Realizar mesa redonda voltada para  o tema em  sala de aula. O objetivo é discutir como contemplar essa representatividade em sala de aula. Será realizada no último dia da exposição para contar com as devidas avaliações do evento e das oficinas extra-muros desenvolvidas em instituições de ensino.
Possíveis profissionais presentes na mesa:
  • Cristiane Luiz: Assistente social, trabalha com politicas de igualdade social.
  • Ângelo Roger: Assistente social, trabalha como analista judiciário do TJDFT, pesquisa sobre preconceito racial nas políticas públicas.

8.3  Atividades culturais
  • Mostra de filmes
Com o intuito de ampliar o público e dialogar com as produções na área cinematográfica será realizada, no próprio espaço expositivo, no período noturno (18hs) diariamente uma mostra com produções recentes acerca do tema.
Foram selecionados três documentários e uma web série com três episódios. Estes documentários trazem entrevistas com pessoas negras falando da sua relação com o cabelo e com a sociedade. E são, na maioria, resultados de projetos acadêmico.
Títulos selecionados:
Espelho, Espelho meu.Direção: Elton Martins. Ano: Duração 16'56''
O Lado de Cima da Cabeça. Direção Naira Soares. Ano: 2012 Duração:14'05'' (autoriazado)
Raiz Forte. Web Série de três episódios. Direção: Charlene Bicalho e Edward Marily. Ano:2012 Duração:10''
Liberdade ao Crespo. Direção. Rafaela Alessi Rosa. Ano:2015 Duração:17'53''
A sinopse dos filmes e a devida classificação etária será disponibilizada em  material de divulgação impresso ou online.

  • Apresentação cultural na abertura da exposição
Com o intuito de ampliar a visibilidade e o público do evento, na abertura haverá apresentações musicais. Os artistas cotados são representantes do movimento negro e desenvolvem trabalhos culturais voluntários como forma de militância politica e social:
Marcelo Café: artista de Ceilândia, cantor de compositor de samba rock;

8.4 Ações de comunicação e sustentabilidade
  • Prezar pela sustentabilidade: a confecção do material didático levará em consideração a necessidade de economia dos recursos materiais tendo em vista o baixo orçamento e as necessidades ambientais de sustentabilidade;
  • Criar meios de comunicação com instituições educativas: as escolas que nos receberem para as ações extra-muros receberão uma carta-convite para visitarem a exposição. Além disso, será criado um canal online onde será possível agendar visitar e ter acesso aos materiais educativos elaborados pela equipe do educativo. Também contaremos com livro de visitas.